domingo, 26 de novembro de 2006
Katsouranis decisivo!!
O Benfica recebeu e venceu o Maritimo por 2-1, com o golo da vitória a ser alcançado pelo grego Katsouranis, de novo decisivo para os encarnados. O Maritimo terminou o encontro com dez unidades.
O Benfica entrou bem no jogo, e conseguiu criar algumas oportunidades de golo. Mas perante a ineficácia do ataque benfiquista, nomeadamente de Nuno Gomes, Miccoli e Katsouranis, a baliza de Marcos continuava inviolável, com o guardião do Maritimo a fazer também uma excelente exibição. Aos 33 minutos, o Benfica chega finalmente ao golo, embora com alguma sorte. Numa jogada muito confusa dentro da área, o defesa maritimista Alex acaba por colocar a bola dentro da sua própria baliza, inaugurando o marcador para os da casa. O Benfica parecia ter enfim quebrado a defensiva do Maritimo para partir para uma boa exibição, mas aos 42 minutos, Marcinho coloca de novo o jogo como começou, empatado. O médio brasileiro foi rapidissimo a avançar e fez um grande golo, num remate de belo efeito, sem qualquer hipótese para Quim.
Na segunda parte, uma enorme contrariedade para o Maritimo. Aos 51 minutos, Marcinho rasteira Simão, com o árbitro João Ferreira a entender que a infracção era merecedora de cartolina vermelha. Depois disto, o Maritimo perdeu a pouca capacidade ofensiva que vinha demonstrando, e aos 66 minutos, quando o Maritimo jogava com nove, por Kanu estar lesionado, o Benfica chega ao golo. Uma bela jogada de Simão pela esquerda, com o extremo a cruzar para Katsouranis que marcou o golo que acabou por dar a vitória ao Benfica.
Até final, o Benfica, fruto da vantagem númerica, ainda conseguiu criar alguns lances de perigo, mas os mesmos problemas de finalização do inicio do jogo não permitiram ao Benfica aumentar o marcador, num jogo em que o dominio encarnado foi uma constante. Resta agora ao Benfica ver o que fazem amanhã Sporting e Porto, nas deslocações à Figueira da Foz e ao Restelo, respectivamente.
Ficha de jogo:
Árbitro: João Ferreira (Setúbal).
Equipas:
Benfica: Quim, Nélson, Anderson, Ricardo Rocha, Léo, Petit, Katsouranis (Manu, 85), Nuno Assis (Karagounis, 61), Simão, Miccoli (Mantorras, 50) e Nuno Gomes.
Marítimo: Marcos, Zé Gomes, Alex Schwedler, Gregory, Evaldo, Wénio, Olberdan (André Barreto, 82), Luís Olim, Filipe Oliveira (Neca, 74), Marcinho e Kanu (Moukouri, 67).
Ao intervalo: 1-1.
Marcadores: 1-0, Alex, 32 minutos (autogolo); 1-1, Marcinho, 42; 2-1, Katsouranis, 66.
Acção disciplinar: cartão amarelo para Gregory (19), Katsouranis (70) e Briguel (87, no banco dos suplentes). Cartão vermelho directo para Marcinho (51).
Fim da partida: 2-1
Declarações:
Fernando Santos (SLB):
«Para este resultado teve um grande mérito o guarda-redes Marcos, que fez seis ou sete defesas espantosas. Nós nos trinta minutos iniciais criámos cinco ou seis oportunidades claras de golo que falhámos. Depois disso permitimos o golo adversário, um golo que tem mérito do Marcinho porque foi um grande remate, mas penso que a três ou quatro minutos do fim não podíamos ter permitido aquele remate. No intervalo dissemos que tínhamos de continuar à procura do golo e marcar, marcámos, fizemos o 2-1, só que depois inexplicavelmente a equipa quis fazer tudo muito depressa. Mesmo assim criámos algumas oportunidades para marcar, mas sofremos alguns contra-ataques que não devíamos ter sofrido. O Marítimo não criou grandes oportunidades de golo, mas acabámos o jogo com algumas situações de complicação desnecessárias porque a nossa vitória é justíssima e nunca esteve em causa».
Ulisses Morais (Maritimo):
«Perder é sempre mau, mas desta forma é penalizante. Sofremos um autogolo proveniente de falta que não existe, tivemos uma expulsão no início da segunda parte sem que tenha havido motivos para tal e o Benfica acabou por chegar ao 2-1 graças a um preciosismo do árbitro. Havia uma substituição a fazer, não nos foi permitido fazê-la, e sofremos o golo com nove homens em campo», afirmou Ulisses Morais, debaixo de algum nervosismo.
E acrescentou: «Com um jogador a mais e outras coisas a seu favor, o Benfica acabou por vencer. Só que poderia ser de outra maneira já que dominou sempre o jogo».