<BLOG DO VALENTE: Que desastre....

quinta-feira, 25 de maio de 2006

Que desastre....


Portugal disse esta noite praticamente adeus ao sonho de se apurar para as meias-finais do Campeonato da Europa de Sub-21, ao sofrer a segunda derrota em outros tantos jogos. A equipa de Agostinho Oliveira perdeu frente à Sérvia e Montenegro, por 2-0, numa partida disputada no Estádio Cidade de Barcelos. Um autogolo de Zé Castro e um tento de Ivanovic decidiram o encontro, sendo que Portugal terminou com dez, devido à expulsão de Semedo.

Pequena "revolução"

Agostinho Oliveira cumpriu a promessa que havia feito na véspera e operou uma pequena "revolução" no "onze" português, com a defesa a ser o sector mais afectado, comportando nada mais nada menos do que três alterações. Nélson, Rolando e Nuno Morais cederam os seus lugares a Filipe Oliveira, Semedo e Diogo Valente, respectivamente, enquanto Varela rendeu João Moutinho, numa clara opção atacante ditada pela necessidade imperiosa de vencer. Igualmente insatisfeito com o rendimento da sua equipa, Dragomir Okuka introduziu três novidades, salientando-se a ausência da estrela da companhia, Vucinic, a contas com uma lesão no joelho.

Nani deslumbra-se

Ao contrário do que havia sucedido frente à França, Portugal entrou determinado a assenhorar-se do controlo da partida, perante um adversário que pareceu desde muito cedo interessado em apenas defender o nulo. E apesar de denotar algumas dificuldades para construir lances de perigo, a selecção portuguesa dispôs de uma oportunidade soberana para se adiantar no marcador aos 11 minutos. Quaresma saiu rapidíssimo em contra-ataque pela direita e viu bem a desmarcação de Nani, com o jogador do Sporting a ficar isolado perante Stojkovic, mas a permitir a defesa do guardião sérvio.

Novo autogolo

A equipa de Agostinho Oliveira parecia destinada a chegar ao golo, mas cedo se viu mergulhada no mais aterrador dos pesadelos. A Sérvia e Montenegro, que até então se tinha revelado perfeitamente inócua em termos atacantes, viu Ivanovic protagonizar uma incursão pelo lado direito, culminada com um cruzamento para o interior da área. Purovic, avançado do Estrela Vermelha, tentou o desvio, mas acabou por ser Zé Castro a introduzir a bola na própria baliza, perante o desespero do guarda-redes Bruno Vale. A infelicidade dos anfitriões parecia estar para durar...

Ténue reacção

A reacção de Portugal limitou-se praticamente a dois remates no espaço de um minuto (23 e 24), da autoria de Manuel Fernandes e Nani, sendo que ambos foram defendidos com alguma dificuldade por Stojkovic. O último momento de emoção da primeira parte pertenceu ao novamente desinspirado Quaresma, que quase surpreendia o guarda-redes contrário na marcação de um livre directo.

Sangue novo

Tal como havia acontecido contra a França, o seleccionador português mexeu na equipa ao intervalo e lançou João Moutinho e Lourenço para os lugares de Nani e Varela. Os primeiros instantes da etapa complementar deixaram a Sérvia e Montenegro momentaneamente siderada, tal foi a velocidade e agressividade utilizadas pelos jogadores portugueses. A entrada "relâmpago" demorou apenas um minuto a produzir um lance de golo, com Quaresma e Hugo Almeida a reeditarem uma das jogadas de entendimento mais letais durante a fase de apuramento. No entanto, o cruzamento mortífero do extremo foi desaproveitado pelo seu companheiro de equipa no FC Porto, que cabeceou a rasar o poste.

Esperança... e desilusão

O mesmo Hugo Almeida falhou escandalosamente o tento do empate à passagem da hora de jogo, ao cabecear por cima quando se encontrava a um metro da linha de golo, dois minutos antes de Portugal sofrer novo revés. Krasic passou por vários adversários e entrou isolado na grande área portuguesa, aparecendo Semedo a cometer falta para grande penalidade. O defesa viu o cartão vermelho directo, mas as esperanças dos anfitriões renasceram quando Bruno Vale defendeu o penalty cobrado por Milijas. Contudo, e numa altura em que os cerca de 11,000 adeptos presentes em Barcelos ainda festejavam o lance, Basta aproveitou o canto subsequente para servir Ivanovic, que bateu Bruno Vale com um excelente cabeceamento.

À espera de um milagre

Mesmo em inferioridade numérica, Portugal nunca virou a cara à luta, havendo a destacar um disparo de Quaresma que obrigou Stojkovic a uma boa estirada. Jankovic ainda viu Bruno Vale negar-lhe o golo a um minuto dos 90, mas o triunfo sérvio já estava há muito garantido. Portugal fica agora dependente de um verdadeiro milagre na derradeira jornada do Grupo A, precisando de golear a Alemanha no domingo, em Guimarães, e esperar que a França faça o mesmo em relação à Sérvia e Montenegro.


Melhor em Campo Carlsberg: Milan Stepanov

Texto : Site UEFA

Comments:
Falem mal do Scolari agora...Cambada de estrelas...
 
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