BLOG DO VALENTE

A 50ª final da "Champions" não desiludiu por completo. A primeira parte foi um bom espectáculo de futebol. Entrou melhor o Arsenal, que logo de inicio criou duas grandes oportunidades de golo por parte de Henry (quem mais) com duas boas defesas de Valdés. O Barça conseguiu estabilizar o jogo e aos 18 minutos numa fantástica arrancada de Eto'o, Lehmann derruba o camaronês, quando este já ia para a baliza, o árbitro marca falta à entrada da área e expulsa o guardião alemão do Arsenal, que se tornou no primeiro jogador a ser expulso numa final deste torneio. Tudo bem, não fosse Giuly ter continuado com a bola e ter marcado golo. Decisão polémica do árbitro norueguês, até porque a falta de Lehmann parece ter lugar já dentro da grande área. No resultado do lance, Ronaldinho atira a bola um pouco ao lado da baliza de Almunia, que entrou para o lugar de Pires.

O Arsenal começou então a recuar no terreno, e ainda o fez mais depois do minuto 37. Contra todas as expectativas, o Arsenal com menos um jogador conseguiu chegar à vantagem no marcador. Henry cobrou um livre (inexistente diga-se) que foi parar direitinho à cabeça de Sol Campbell. O central inglês, no seu regresso à equipa, só teve de desviar a bola, estava feito o primeiro da noite. Até ao intervalo, foi ver o Barça a tentar responder à desvantagem e o Arsenal cada vez mais perto da sua baliza, a defender muito atrás e com Henry a tentar contra-atacar com a sua estonteante velocidade.

Ao intervalo, Rijkaard mudou. Colocou Iniesta no lugar de Edmilson e o Barça ganhou outra dinâmica. Deco e Iniesta formaram um meio-campo forte, apoiado por Van Bommel, e criaram várias ocasiões de golo. Os "gunners" não defendiam apenas, também tentavam o contra-ataque sempre que podiam, e aos 66 e 69 minutos, Ljungberg e Henry estiveram perto de sentenciar a partida, valeu aos "culés" o guardião Victor Valdés.

Até que o minutos 76 alterou a história do jogo. Poucos minutos antes, Rijkaard tinha colocado Larsson em campo, e o Sueco mostrou-se decisivo. Aos 76 minutos isolou Eto'o com um toque ligeiro, depois de um passe de Iniesta, e o camaronês fez o golo do empate, entre o poste e Almunia. E apenas 4 minutos depois, o mesmo Larsson isola de novo um companheiro, desta feita o brasileiro Belletti que rematou no meio das pernas de Almunia. Infelicidade para o guardião espanhol em ambos os golos...

Depois disto, o Barça apenas geriu a vantagem, contra um Arsenal que já estava extremamente desgastado, depois de 70 minutos a jogar com menos um homem. O Barcelona conquistava a sua segunda Champions, assim como Deco, que repetiu o feito de 2003\2004, então ao serviço do Porto de Mourinho.

E não é necessário dizer que, em Barcelona, a festa durou até de madrugada...